13/08/09

Corpos espalhados pelo chão. Alguns quase entrelaçados, e não é porque as noites estejam frias. Adormeceram assim mesmo, de cansaço, onde estavam. Até aqueles que tinham trocado um beijo mesmo antes de caírem no sono profundo, ficaram de lábios colados. A música ainda toca nas colunas, qualquer coisa que não sei o que é. Suspiro, encontro espaço entre dois desconhecidos no sofá, cotovelos cravados nas pernas, mãos a segurar o queixo. Mesmo ao lado do meu pé direito jaz uma garrafa de gin tónico. Dou-lhe um pontapé ao de leve e vejo-a rebolar. Alguém bate com os nós dos dedos na porta da rua. Está encostada e digo “entre”. Ainda venho a tempo da festa-surpresa?, pergunta ele.