10/01/08

sei...

o cursor do rato pisca e pisca e pisca e eu continuo a olhá-lo. Escrevo, apago, volto a escrever. Paro. Penso. Nada. Queria começar por dizer que sei o que quero, ia toda lançada, mas não há meio de continuar a frase. Não vou deitar as culpas nos dedos. É uma tentação, mas não vou. Não são eles que estão muito preguiçosos e não querem dar forma ao resto das palavras. Sou eu, o problema sou eu toda (aqui vou incluir os dedos). E com todo o meu positivismo, vou acreditar que o facto de não sair palavra nenhuma depois do “sei o que quero” , pode simplesmente querer dizer que, neste preciso momento, não tenho o que quero e está a ser difícil fazer por isso. Se calhar falta-me a coragem para fazer o que sei ser certo. Essa é que é essa. Mas também acho que não temos de ser sempre valentes e corajosos e determinados e… isso tudo. Que bom que era se sempre que nos fizesse falta a valentia, a coragem, a determinação e isso tudo, fosse só chamar por elas. Como acontece quando nos chamam pelo nome e nos pedem um favor. “Coragem, preciso que me ajudes aqui a fazer isto, ajudas?” E era assim. As palavras vinham, ajudavam e nós podíamos voltar a dormir que nem uns anjinhos.

3 comentários:

L u i s P e s t a n a disse...

Muito bom.

miak disse...

Pode ser angustiante quando não se consegue escrever, pensar, falar, decidir, agir...

Eu hoje em dia limito-me a esperar por um dia melhor... que sempre chega.

josé alberto lopes disse...

começo a desconfiar que a coragem é capaz de ser surda. também me farto de a chamar e... nada. enfim, vou começar a chamar pela audácia ou pela tenacidade, talvez tenha mais sorte.