29/12/08

* Comprar o tal livro que não recebi no Natal
* Dar um beijo arrebatador
* Dormir numa cama com dossel
* Sorrir várias vezes ao dia
* Beber uma taça de champanhe à beira-mar
* Ser (muito e agradavelmente) surpreendida
* Oferecer um disco
* Tornar alguém verdadeiramente feliz
* Ser determinada
* Dizer pelo menos uma parvoíce por dia
* Aprender a tocar bateria
* Conhecer uma sensação nova

* = 1 passa x 12 meses = 2009

E que o novo ano seja como vos apetecer. Até lá.

23/12/08

Sorri
-me.

Já está?

Agora fica assim. Não te mexas...

18/12/08

É deprimente ver as notícias da noite (é deprimente ver as notícias, ponto), raramente gosto de deprimir-me assim (e muito raramente me deixo deprimir, também é uma verdade). Mas ontem, não tendo ninguém a quem dirigir uma palavra enquanto jantava, lá resolvi plantar-me na frente da televisão. E já que é para deprimir, vamos fazê-lo à séria, pensei. Liguei-me na TVI e, sortuda como só eu, fi-lo na hora H. Uma reportagem sobre o Natal dos idosos (de poucos, espero). Sei que há o costume de abandonar os animais de estimação na altura das férias de Verão, não sabia que há quem abandone idosos nos hospitais, precisamente pelos mesmos motivos. Nas férias de Natal, as famílias seguem rumo à terrinha, para os ajuntamentos festivos, e dá uma grande trabalheira carregar com os idosos. Vai daí, a coisa resolve-se deixando quem já viveu o que tinha a viver (deduzo que seja isso que se pensa) num Banco de urgência do hospital. E pasmei com a forma como a coisa é feita: dão-se moradas e números de telefone incorrectos e assim não há como devolver os idosos à precedência. Olha que bem pensado. No final da dita reportagem, garantiam que, logo após o dia 25, tudo volta ao normal. As famílias lá parecem nas urgências como se nada fosse e lá levam a 'encomenda' de volta para casa. E agora que já se sentem deprimidos, é descontrair com a imagem que se segue.


17/12/08

Recebi há pouco esta foto (entre outras) no meu mail. Não sei se é preciso olhá-la duas vezes para reconhecê-la. Comigo foi assim em... quê? Um segundo, talvez menos. O trágico/terno mail daquela ninhada de cachorros Golden já deve ter passado por todas as caixas de correio do Planeta (e não sei se não terá ido ao espaço, a qualquer galáxia perdida. Foi e voltou).

Golden Retriever para dar – vão ser abatidos.
Mesmo que não estejam interessados, divulguem pelos vossos contactos, sff.
É uma ninhada de 6 Golden Retrievers a 2 semanas de serem abatidos.
Quem é que quer um?

Cada um daqueles bichos já teve tempo de crescer, aprender a dar a pata, a rebolar na relva, a fazer chichi em cima do jornal, quiçá a ir ao quiosque ao sábado para comprar o Expresso ao dono. Eu, acreditando que todos eles foram calhar a casa de gente simpática, que soube cuidá-los, torná-los e ser felizes com eles, digo-vos: a esta hora já os cães morreram... de velhice.

16/12/08

Fazer compras para aliviar a tensão é bom. Perguntem a qualquer mulher. E as escolhas, 'hum, o que vou comprar e tal...', não variam assim tanto. Entre calçado e roupa, roupa e calçado. Vou precisar de fazer compras hoje. E como tenho a mania que sou diferente, vou optar por roupa. Uma coisa daquelas, para usar amanhã. Espero que combine bem com jeans.

11/12/08


Olha para isto! Fazem da minha caixa de comentários um jardim infantil e nem me convidam para participar na brincadeira.

(Se eu estivesse assim sintonizada com alguém, casava-me. Oh, se casava.)

10/12/08

Não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não (estou numa sessão de terapia) não, não, não, não (é que ando com um problema em...) não, não, não, não (... em escrever a palavra não) não, não, não, não (quase sempre que a escrevo) não, não, não, não (sai-me um 'nõa' em vez de um não). Irra! Estarei curada?

09/12/08















Eu: Tu tentas-me!
Ele: Porque tu deixas...
Eu: É verdade.
Ele: ... E eu quero!

05/12/08

It's a strange day
No colours or shapes
No sound in my head
I forget who I am
When I'm with you
There's no reason
There's no sense
I'm not supposed to feel
I forget who I am
I forget…

Se eu ao menos cantasse como ela...

04/12/08

Hoje há reunião de Tupperware às 17 horas. Ofereço o chá, tragam o saco-cama.

03/12/08

Estou indecisa. Apetecia-me escrever qualquer coisa sobre isto. Ou sobre isto. Ou mesmo sobre isto. Deixa cá reler isto outra vez, pode ser que me inspire... ou não.

02/12/08

Enrolar: afagar; agasalhar; arrolar; confundir; dobrar; embrulhar; encapelar; encaracolar; enganar; enovelar; enrodilhar; enroscar; envolver; esconder; ludibriar; ocultar; rolar; torcer; enrolar-se; revolutear... Ando há procura de um sinónimo para a palavra enrolar. Enroscar. Enroscar soa-me bem.

27/11/08

26/11/08

Blog: Não me ligas patavina.
Eu: Estás a ser injusto.
Blog: Posts da treta.
Eu: Falta de paciência.
Blog: Falta de inspiração, diz antes assim.
Eu: (suspiro)
Blog: Admite.
Eu: (silêncio)
Blog: Quem cala consente.

24/11/08

Parece que há quem não suporte ver a foto daquele senhor do post anterior (não percebo porquê, acho-o tão sensual...).


Portanto...


... Vamos lá pôr a imagem para baixo.


Será que assim já chega?


Vou ver... Se não funcionar, voltarei aqui dentro de momentos.


Até já.


Ou até amanhã (sempre consegui mais umas linhas...).

20/11/08

Fala-se em leggings e lá ficam eles com um ponto de interrogação na cabeça. Nós, muito pacientemente, lá explicamos: é como se fossem uns collants, mas sem pé. Percebem? Perceber, percebem. O que eles não entendem é por que razão escolhemos, em pleno Inverno, vestir uns collants sem pés se depois vamos calçar umas meias para cobrir os ditos. Mas que mania! Será que temos de fazer sempre sentido?

E fiquem eles sabendo que, de acordo com o que vem aqui escrito, os leggings foram muito apreciados pela classe masculina no séc. XIV. Mais: os cowboys usavam leggings. E os russos usam-nas desde sempre. Portanto, deixem-se lá de coisas. E vejam como um homem fica tão sexy com os leggings vestidos (as mentiras inofensivas nunca prejudicaram ninguém, não é?).

19/11/08

Hoje estava com vontade de conseguir reproduzir aqui um suspiro profundo...

17/11/08

Sonhei com o David Fonseca esta noite. Não me lembro de pormenores do sonho, recordo apenas que íamos de mãos dadas, eu e o David Fonseca pela rua fora, e que a cada dois passos soltava-lhe a mão porque sentia a minha completamente transpirada. E é isto... Posso dizer que tive um sonho molhado com o David Fonseca. Era só o que me faltava.

13/11/08

Escrevo um post, não escrevo um post, escrevo um post, não escrevo um post, escrevo um post, não escrevo um post, escrevo um post... Não escrevo um post, pronto.

11/11/08

Bla, bla, bla. Ah, e tenho uma coisa para te contar, mas não pode ser pelo telefone. Não, nos tempos mais próximos não dá, ando com muito trabalho aqui. Não, não dá mesmo para ser pelo telefone. Vais ficar para morrer. Não, nem te passa pela cabeça. Não, nada disso. Frio, frio. Tenho mesmo de desligar, depois falamos. Beijos.

E admito, isto irrita-me.

05/11/08

P.S. do post anterior

... Em vez de A Outra, sempre podiam optar por La Otra. Já era diferente.

04/11/08

Portanto, deixa ver se percebi. O senhor era casado e tinha uma amante, a quem pagava todos os meses, só porque sim, entre 3 a 4 mil euros. Quando o dito bateu a bota, o Banco continuou, seja feita a vontade do senhor, a pagar as mensalidades à amante. Às tantas, a viúva descobre, arma zaragata e consegue impedir que o Banco continue a sustentar, entre aspas, a amante. A amante fica piurça, pois com certeza, e leva a viúva a tribunal. O tribunal ouve as partes e o juiz decide: a viúva tem de abrir os cordões à bolsa e pagar 38 mil euros à amante do falecido marido. Se a TVI sabe disto, já tem ponto de partida para uma nova novela. Já não podem é servir-se do título A Outra... Oh, que pena.

30/10/08

Podia escrever um post decente hoje. Podia. Se não tivesse de ir ali num instantinho decorar a árvore, comprar todos os presentes e o bacalhau para a consoada. Este ano deixei tudo para a última hora. E se não fosse o caso de ter recebido agora mesmo um postal, estou em crer que nem dava conta de que o Natal é daqui a umas horas. Bendito postal. E agora nem me sinto com coragem de desejar-vos as Boas Festas, assim tão em cima da hora...

29/10/08

O quê: Guerra de almofadas
Quando: Dia 1 de Novembro, 17:00 horas
Onde: Alameda Afonso Henriques, em Lisboa
Porquê: Porque sim?

* Para participar, há que consultar os '10 mandamentos'. Estranho que não façam quaisquer referências ao pijama e às pantufas...

21/10/08


Hoje apetece-me fazer um elogio à pontuação.

16/10/08

Apresento-vos a Lala. A Lala é uma das personagens dos Teletubbies, uns desenhos animados (inclassificáveis, digo eu) para criancinhas. E por que raio falo da Lala?, questiona-se quem lê. É que ontem, enquanto deitava o olho ao jogo Portugal-Albânia, descobri que um dos jogadores da equipa do adversário tem o apelido Lala (Altin). Achei magnífica a necessidade do comentador partilhar a informação comigo, como telespectadora. Diria que foi o momento alto da partida. E acabo de cumprir o meu sonho de escrever um post sobre futebol.

10/10/08

É um impulso, acontece sempre à sexta-feira à noite e estende-se pelo fim-de-semana. Uma vontade incontrolável de mandar e-mails a desancar em tudo e em todos. Agora não há lugar para arrependimentos, basta fazer um simples teste. A Google tem ideias que me surpreendem. E isto alguma vez na vida funciona? Está bem, está.

09/10/08

Vou passar o resto da semana a treinar. Se conseguir fazer aquilo, pode ser que acreditem em mim quando digo que sou um anjo.

06/10/08

Civismo, tolerância, paciência, simpatia e mais uma carrada de coisas destas deviam vender-se nos supermercados, numa secção junto aos bens de primeira necessidade. Depois podiam faziam promoções, “esta semana, paciência e boa educação ao preço de dois em um”, oferecer talões de desconto e eu sei lá mais o quê. Ia já a correr comprar um quilo ou dois de paciência...

30/09/08

A Lego comemora este ano o 30º aniversário e, como forma de celebração, decidiu reproduzir nas suas peças alguns famosos. A Madonna foi uma das eleitas, talvez pelo seu estatuto de vedeta máxima da música Pop. Imagino que tenham pedido autorização para lhe usarem a imagem, o que não acredito é que lhe tenha agradado o resultado final da peça. E até aposto que já obrigou os senhores da Lego a lançarem um personal-lego-trainer só para ela.

29/09/08

Ele: Queres brincar comigo?
Ela: Quero, mas só se deixares a minha boneca participar na brincadeira...
Ele: Está bem. Mas os meus soldadinhos também têm de participar.
Ela: Pode ser...

Uns minutos depois:

Ele: [sorrisinho malandro]
Ela: [dá-lhe um pontapé nas canelas e corre a fazer queixa à mãe]

26/09/08

Desta vez não há escapatória, o prémio tem de ser entregue dê lá por onde der. Cá para mim, esta poderá ser a grande oportunidade para todos aqueles que têm um tique na mão na altura de pôr a cruz no sítio certo. As vezes que eu acerto ao lado... Isto só pode ser um sinal, só pode.

24/09/08

A santa milagreira de todos canditatos a cozinheiros, mesmo aqueles que nem um mísero ovo sabem estrelar, já faz t-shirts. Confesso que começo a ficar curiosa sobre os poderes da maquineta, embora ainda não me tenha sentido suficientemente tentada ao ponto de comprar uma. As opiniões são unânimes, dizem-me os amigos que se poupa tempo e, no final, o resultado é o mesmo. Eu cá, que nestas coisas da cozinha sou conservadora ao ponto de usar avental, tenho as minhas dúvidas. Então e o prazer de abrir o armário das especiarias e desatar a salpicar uma outra para dentro do tacho? E o prazer de ir provando e apurando sabores? [por outro lado, será que a Bimbinha era capaz de fazer as botas que vi ontem na montra, que custam os olhos da cara a qualquer um?]

Já agora, deixo o link da T-shirt. Tem outras igualmente originais.

23/09/08

Estou assim, não há nada a fazer.

15/09/08

O coração bate-lhe desenfreado no peito quando ouve o relinchar dos pneus lá fora. O tum-tum-tum que escuta logo de seguida, em tudo parecido com o que ouviu na discoteca onde foram divertir-se no fim-de-semana anterior, não deixa margem para dúvidas. Deolinda corre para a janela e espera que o seu 'môr' pisque as mil e uma luzes azuis dos mil e um faróis que leva pendurados no carro. Sorri-lhe e espera o sorriso dele de volta. Tem-no. Bonifácio sai do carro, tranca-o, piup-piup, e ainda antes de ir envolver a sua Deolinda nos braços, lança um olhar enternecedor à segunda paixão da sua vida (talvez a primeira...). Uns vestígios de lama na porta do pendura saltam-lhe à vista e obrigam-no a voltar atrás. Bonifácio abre o carro, piup-piup, abre o porta-luvas e saca da camurça. Esfrega os pingos de lama energicamente e só pára quando a bomba está de novo a cintilar. Agora, sim, pode ir descansado tomar nos braços a sua Deolinda, que acaba de lhe preparar um relaxante banho. Um banho tuning, claro.

Este post é dedicado a todos os amantes do tuning. Os nomes são ficcionados e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

20/08/08

A história não é original para quem viu O fabuloso destino de Amélie Poulin, mas tem graça o facto de alguém se ter lembrado de torná-la real. O duende da foto, que vive no jardim de uma senhora chamada Eve Stuart, desapareceu de um dia para o outro e ninguém imaginava o que lhe pudesse ter acontecido. Sete meses depois, quando a dona já tinha perdido as esperanças de voltar a vê-lo, lá (re)aparece o duende à porta de casa, acompanhado de uma longa carta revelando todas as suas aventuras, e de um álbum de fotos (uma delas é aquela ali de cima), registo dos vários locais por onde passou. Quando deu de caras com o seu Murphy, Eve Stuart entrou primeiro em choque, depois em pânico, temendo que ele viesse artilhado de uma bomba (que isto nos dias que correm, nunca se sabe se o vizinho do lado não é primo do Obama, Osama... Osama, é Osama). Quando viu o álbum de fotos e leu a carta, Eve esboçou o primeiro sorriso. Mesmo estando o seu Murphy sem pés (de tanto caminhar?).

18/08/08

Ao 114º post, ela revela...

Aqueles bicos-de-pés não são os meus.

12/08/08

Hoje apetece-me brincar com bonecas...






É uma perdição entrar na casa da Blythe

08/08/08

(não posso dizer nada, estou a guardar o fôlego para apagar as quatro dezenas de velas + 1)

07/08/08

Mal desliguei o telemóvel ouvi uma espécie de prrrlimm e olhei imediatamente para o chão. Era impossível ser uma moeda que tivesse deixado cair. Apalpei as duas orelhas. Também não foi um brinco. Chaves faziam maior alarido. Hmm, mas eu tinha a certeza. Sentia-me mais leve, alguma coisa teria deixado para trás. Voltei a percorrer a calçada em meu redor. Uma beata, um pedaço de papel, mas nada que pudesse ter-se soltado de mim (sim, os braços também os tinha). Desisto, pronto. Segui caminho e só depois percebi. Era ela. Era a preocupação que tinha deixado para trás, estatelada nas pedras da calçada. Bendito telefonema.

06/08/08

É hodrrível edescrever com o dariz endupido.

01/08/08

Lido mal com números, lido pior ainda com insónias. É por isso que a teoria de contar ovelhas quando o sono quer ser mais teimoso do que eu, não resulta. A coisa até começa muito bem. Penso num prado verdejante, numa cerca de um branco imaculado, imagino uma multidão de ovelhas acabadinhas de lavar com Soflã e inicio a contagem. Parto da ovelha número 1 e perco-me umas dezenas depois… e o sono nada. Tenho até tempo de imaginar a árvore genealógica daquelas ovelhas. Para a próxima vez, faço como um certo rei e experimento podar a lua em vez de contar ovelhas. Está decidido.

30/07/08

Ando a sofrer de preguicite aguda. Só não sei se é de origem viral ou bacteriológica.

24/07/08

Ainda a propósito da minha dor no pescoço, que dura e dura e dura, eis um excerto de uma educativa conversa telefónica:

Eu (no meu francês péssimo): Alô, ça va?
Ele (no seu francês perfeito): Oui, ça va. Et toi?
Eu (tentando queixar-me no meu francês péssimo): Va mais ou menos. J'ai un... hmmmm, tenho uma dorr terrible no pescoço...
Ele (no seu português um bocadinho acima de péssimo): Ahhh, doi-te o cu! (e ri-se)
Eu (no meu português perfeito): És sempre a mesma coisa tu.
Ele (a tentar o seu melhor português): Eu???? Tu é que és sempre a mesma coisa, sabes muito bem de que cu falo...
Eu (ainda no meu português perfeito): Só pensas nisso! Cus, mamas... que raio de gajo!
Ele (ainda a tentar o seu melhor português): Eh pá, tu sabes que eu até a comerrr bolos penso em sexo!

Enfim...

23/07/08

Há quem se queixe dos preços de tudo e mais alguma coisa, dos chefes prepotentes, dos colegas filhos da mãe, dos maridos e namorados indiferentes, dos vizinhos barulhentos, dos maldispostos no geral, dos demasiado bem-dispostos no geral, dos telefonemas a anunciar as promoções da TV Cabo, das praias repletas de gente, dos buracos nas estradas, das injustiças no mundo. Eu hoje queixo-me de uma valente dor no pescoço. E trocava esta queixa por todas as outras. Pronto, está bem, admito, às vezes sou uma exagerada de primeira.

21/07/08

Agora que a secretária está minimamente apresentável, já posso dizer que sou uma mulher de sorte. Em relação ao trabalho, sim, e em relação àquela classe de machos que inclui velhos babosos, trolhas nojentos, homens javardolas no geral. E digo isto depois de ler este post. Não, felizmente nunca os meus ouvidinhos escutaram tal coisa. Um “boa” entre dentes até já cheguei a ouvir, admito, mas isso não é suficiente para... para ter vontade de aplicar uma valente bofetada ao javardo. Normalmente, as escassas “ofensas” passam por um “oláaaaa”, “princesa”, “hummm”, “gkhkhgjbmvbmlkdgh” (coisas imperceptíveis não podem ser tidas como ordinárias). Há uns dias, ia eu a caminho da praia, passa um deslavado por mim e diz “ai, flor, se eu pudesse ia contigo para a praia” (ainda me passou pela cabeça que fosses tu, Violeto. Aquele “ai, flor...”). E uma pessoa diz o quê quando ouve isto? Um “está bem abelha!”, “sim, vai sonhando”? Não diz! E é por isso que me considero uma mulher de sorte no que toca a essa classe de homens. Ou isso ou és um grande traste, pensam vocês.

P.S. E pensando bem, da outra classe de homens também não me posso queixar.
A minha secretária estava irreconhecível quando cheguei hoje de manhã. Afastados os envelopes, as pastas e mais não sei o quê, consegui finalmente vislumbrar o teclado. Peguei no rato e usei-o para abrir um ícone que diz "mail". Não sei se vos diga se vos conte. Enfim, é isto o regresso.

04/07/08


owwwWEEEEE!!!!!

(não, não vale a pena perguntarem o que se passa comigo)

02/07/08

Interrompo as minhas férias (mentira) para fazer um reparo a estes dois comentários que recebi ao post anterior. Não tenho quaisquer pretensões a cowgirl, sou incapaz de me sentar em cima de um cavalo, abomino filmes de cowboys, e sinto-me profundamente magoada (e sobe o tom de dramatismo) pelo facto de, pelo menos duas pessoas, não terem feito um esforço para compreender o meu grito de felicidade. Se eu disser HIC HIC HUCRRA, compreendem-me melhor? (Chamo a atenção para o facto de estar neste momento com uma terrível crise de soluços).

30/06/08

Soltar um 'ihaa' é uma coisa, soltar um 'iiiiiiiihaaaa' é outra coisa completamente diferente. 'Ihaa' é um pequeno grito, quase indiferente, que passa quase despercebido. Tentem dizê-lo. 1, 2, 3, 'ihaa'. Perceberam? Já 'iiiiiiihaaaaaa' só podem ser duas de três coisas: ou se ganhou o Euromilhões ou se está prestes a entrar de férias. Fico com a segunda opção, a terceira é à vossa escolha. Até daqui a... (pegando na máquina calculadora)... 3 semanas!

(acho que se me fundiu um neurónio este fim-de-semana. E parece que foi daqueles que fazem toda a diferença)

25/06/08

Abro o Firefox, www.blogger.com, nome do usuário, password, aceder, nova mensagem, bla, bla, bla, publicar mensagem. Hoje, pela centésima vez. Já que não vou comemorar os 100 anos, comemoro os 100 posts.

23/06/08

Estava aqui a pensar... Hum, acho que posso afirmar com toda a certeza: não conheço nenhum homem que goste de cortar o cabelo, da mesma forma que não conheço homem nenhum que goste de cortar a barba. Cabeleireiro, agora o espaço partilha-se entre eles e elas e já quase não existem os tradicionais barbeiros, é coisa que agrada mais às mulheres. Quer dizer, é coisa que agrada mais às mulheres é como quem diz. No meu caso, aquilo é um suplício. Sempre foi. Começou quando era a minha mãe a decidir o meu corte de cabelo. Depois, mesmo quando passei a ser eu a ditar as ordens, vieram as outras contrariedades. Detesto esperar, não suporto ter de fazer conversa de chacha e nunca de lá saio com o corte que pedi (à minha mãe elas obedeciam e isso também me deixa lixada). Vá lá, ir ao cabeleireiro tem uma coisa boa: leio as fofocas da Lux, Caras e afins e sempre posso fazer um brilharete quando mostro saber o nome da mais recente namorada do Cristiano Ronaldo (acho que é a Nereida... ou Nereide ou algo parecido). Isto para dizer que neste campo dos cabelos (barba não tenho), sinto-me totalmente solidária com os homens. Já o tipo da foto, que ficou muito bem, deve ter uma tal aversão à tesoura que não a vê à frente há 10 anos.

20/06/08

Este fim-de-semana vou levar o meu peixe vermelho a passear.

19/06/08

Með suð í eyrum við spilum endalaust
“Merda, está um frio de gelar os testículos” (associando Meõ a merda, e endalaust a testículos)
“Merda, vamos correr para aquecer” (ainda na ideia de que Meõ pode querer dizer merda)
“Fujam, vem aí um bando de bichos estranhos” (e endalaust pode muito bem ser um bicho estranho…)
“Oh mãeeeee, roubaram-nos a roupinha toda” (há sempre quem grite pela mãe nas situações mais estranhas)
“Pare o carro, ó meu grande camelo” (um automobilista roubou-lhes a roupa?)
“Meus, aguentem aí que eu também vou” (os últimos podem também ser os primeiros, depende da perspectiva)

Não descanso enquanto não ouvir o disco novo dos Sigur Rós. Até lá vou tentando decifrar aquele título…

17/06/08

Aqui há uns tempos um senhor que ia ao meu lado no metro, qual super-homem, fez uso da sua visão raio x, conseguiu ver o meu telemóvel dentro da mala, gostou dele e levou-o para casa sem sequer dizer água vai água vem. A primeira coisa em que pensei quando me apercebi da falta do aparelho foi "bolas, fiquei sem a agenda". Foram meses para recuperá-la e continuo sem alguns contactos que continuam a fazer-me falta. Agora foi a vez dos favoritos. O computador foi-se e lá fiquei sem eles. Alguns vou recuperar, outros nem por isso, mas pelo menos os que por aqui passam gostava de manter. Façam lá o favor de assinar ali em baixo, para vos ir adicionando. A mensagem é também para os que aparecem e não comentam, embora eu os comente (às vezes). É pedir muito?

12/06/08

A acreditar nas palavras de um senhor chamado Yisrayl Hawkins, líder de uma seita religiosa sediada no Texas, começa hoje mesmo, tic tac tic tac, uma guerra nuclear que vai dar cabo do mundo. Ao contrário do que seria de esperar, o dito líder não se mostra minimamente preocupado com a situação, uma vez que tanto ele como as suas doze mulheres e respectivos seguidores, todos de apelido Hawkins, serão poupados da catástrofe. Búfalo Bill, como é conhecido lá para aqueles lados, já tinha feito previsão semelhante em 2006 mas, como diz o ditado, cagou-lhe o cão no caminho, continuamos todos inteirinhos, e de rabinho entre as pernas (refiro-me ao rabinho do Yisrayl e não do cão) lá teve de enfrentar a humilhação pública e assumir que, afinal, estava enganado. Acontece até à grande Maya, que às vezes também faz previsões bastante simpáticas para o meu signo e sai-me tudo ao contrário. Uma chatice. Bom, por esta altura imagino que os Hawkins estejam todos a preparar um grande festim. Quanto a mim, volto daqui a uns dias. E se tal não acontecer, já todos sabemos os motivos da (nossa) ausência.

Cliquem aqui para mais detalhes.

11/06/08

Hoje já ouvi várias pessoas queixarem-se de que várias bombas de gasolina estão à míngua, e que as filas para abastecer são intermináveis, e blá, blá, blá. Eu, que até sou adepta do Lisboa Viva, pergunto: e ir fazer esse "serviço" entre as 17:00 e as 18:30?

09/06/08

Onde estão os carros? Onde está a gente? O que se passa com o telefone que não toca? E a minha caixa de mail que não atingiu as dez mensagens hoje? Ah, é segunda-feira, véspera de feriado. Todos os dias deviam ser véspera de feriado. Vou trabalhar.

P.S. Parece que há mais quem trabalhe (até encontrar um milionário).

06/06/08

São ricos em vitaminas e sais minerais e pouco ou nada contribuem para o aumento dos níveis de colesterol. Por isso, e porque há pelo menos 1700 espécies que são consumidas em cerca de 113 países, alguns cientistas andam aí a dizer que é saudável incluir insectos na nossa dieta. Pelo bem da saúde e do planeta, dizem eles. Aqui encontram dicas sobre a forma de cozinhá-los e comê-los. Eu não alinho, embora sinta uma certa sede de vingança em relação às melgas que insistem em deixar a sua marca enquanto durmo um sono descansado.

05/06/08

Afinal, a vida pode ser eterna, dependendo do quanto se beija. E o recado varia ao sabor do clique. Vou ali beber um Nicola para ver se desperto.

29/05/08

Toc, toc. Quem é?, perguntou ela, erguendo as pétalas. Sou a mão que quer levar-te a ver a luz do dia. Não acredito em ti. A última mão que vi por perto prometeu o mesmo. Pediu que olhasse a porta com a curiosidade de quem quer saber o que fica do outro lado e, clic, fez clic e deixou-me para trás, explicou a flor, amuada. Confia em mim, abre a porta e verás que falo verdade. Não gostavas de ver as cores do arco-íris? Já as vi pintadas no vaso onde vivia antes de me mudarem para esta lata velha e me abandonarem aqui, acrescentou ela. Mas não é a mesma coisa, as cores do arco-íris são assim como um campo de muitas flores bonitas como tu. Como sabes que sou bonita?, questionou a flor. (Silêncio). Espreitei-te pela janela e achei-te logo bonita. Só abro se me deixares ficar num campo de flores assim bonitas como eu e as cores do arco-íris. Prometo, flor. Então, está bem. Vou passar a chave por debaixo da porta, não consigo alcançar a fechadura. Mas antes, promete que não me vais usar para aquele jogo cruel do mal me quer bem me quer muito pouco nada. (A mão suspira) Mas tu passas-me a chave, ou não?

Foto: Luís Pulgar

28/05/08

Dou comigo a pensar que isto podia ser um palco e a caixa de comentários a plateia. Estariam alguns de vocês incomodados com o facto de vos ter calhado uma coxia e estaria eu igualmente incomodada por ter meia dúzia de olhos desconhecidos postos em mim. Ia muito provavelmente ter uma branca como a que tenho neste momento, mas apressava-me a disfarçar. Disfarço até bem. Até começar a corar. Vá, façam buuuu, buuuu, atirem-me tomates, digam blasfémias. Parece que estou a pedir atenção, não é? E pronto, desce o pano, acendem-se as luzes, podem ir saindo. Ordeiramente, por favor.

26/05/08

Amanhã, logo pela fresca, vou colar um cartaz destes na porta do meu prédio. E vou também oferecer um ramo de salsa a cada um dos meus vizinhos. Só estou na dúvida se hei-de envolver o dito numa fitinha cor-de-rosa às bolinhas amarelas ou numa fitinha amarela às bolinhas cor-de-rosa. Bom, a quem faltar ideias sobre a forma de comemorar o Dia Europeu do Vizinho, deixo algumas dicas úteis. Dez dicas, para ser mais precisa. Que, obviamente, não são dicas minhas, encontrei-as aqui. Eu lá tinha imaginação para aquilo tudo...

21/05/08

Não postas nada? Tenho nada a dizer. Escreve um post sobre nada! Olha, boa ideia. Era uma vez nada. Nada vivia na angustia de que nada se dissesse sobre ele. Temia ser mais um nada no meio de tantos outros nada. Atormentado por tal pensamento, nada decidiu fazer algo que o tornasse diferente dos outros nada. Mas nada, nada lhe ocorria. Certo dia, nada desabafou os seus temores com nada, que, admitindo nunca ter sido assolado por tal desespero, ficou um nada preocupado. Juntos, ambos os nada prometeram apoio mútuo. Diziam eles que nada com nada nalguma coisa havia de resultar. Mesmo assim, nada. Mesmo escrevendo meia dúzia de linhas sobre nada, nada se aproveita. E escrever um post sobre nada, de nada serviu.

15/05/08

Até o sol voltar, faço greve de palavras.

14/05/08

Telefone: Trluruu, trluruuu…
Eu: Estou?
Ela: Olha, sobre o relatório, esqueci-me de te dizer…
Eu: (tentando interromper) Desculpe…
Ela: … que tens de acrescentar…
Eu: (tentando interromper) Hmm, desculpe…
Ela: Dá-me um segundo. Sim, estou a falar com ela. (grita para alguém que está por perto) Hã? Ah, está bem.
Ela: Desculpa, estava a dizer que…
Eu: Posso interromper eu agora?
Ela: (silêncio) … Quem fala?
Eu: Pois, é isso mesmo. Queria dizer-lhe que é engano.
Ela: (ri-se) Ah! (ri-se outra vez). Desculpe, não tinha percebido…
Eu: Ainda tentei interromper…
Ela: Pois, mas eu quando ligo à corrente não me calo.
Eu: É verdade.
Ela: Desculpe. Bom dia.
Eu: Bom dia.

Dois minutos depois...

Telefone: Trlurruuu, trluruuu
Eu: (reparando que se trata do mesmo número) Sim?
Ela: Já percebi, enganei-me outra vez. O seu número é o xxxxxx?
Eu: Não...
Ela: As linhas devem estar trocadas.
Eu: É capaz disso. Às vezes acontece.
Ela: Vou desligar e esperar um bocadinho até voltar a ligar.
Eu: É melhor.
Ela: Desculpe. Bom dia!
Eu: Bom dia.

Mais uns minutos depois…

Telefone: Trlurruuu, trluruuu
Eu: (reparando que se trata do mesmo número) Ainda não foi desta…
Ela: … Eu nem acredito… (ri-se) Vou desistir. Desculpe, outra vez. Bom dia.
Eu: Bom dia.

Outros quantos minutos depois…

Telefone: Trluruuu, trluruuu
Eu: (já sem reparar no número no visor) Isto está mesmo complicado…
Ela: Hum?
Eu: Quem fala?
Ela: Sou eu, pá!
Eu: Ah, desculpa.
Ela: (ri-se) Mas afinal o que é que está complicado?
Eu: Olha, esquece. Conta-me.

13/05/08

Entre um pensamento, uma manobra perigosa, uma buzinadela ou uma obscenidade dirigida ao condutor da frente, do lado ou de trás, lá acontece. A mão solta o volante, involuntariamente ou não, e o dedinho infractor faz o trabalho sujo. Eis (mais) um comportamento típico na estrada. E multas para isto não há, mas devia.

09/05/08

Beijos. Beijos sonâmbulos, beijos devoradores, beijos demorados, beijos poéticos, beijos felinos, beijos estonteantes, beijos inquietos. Recuperar o fôlego. Beijos. Beijos atrevidos, beijos salgados, beijos com rasteira, beijos assimétricos, beijos sôfregos, beijos coloridos. Recuperar o fôlego. Beijos. Beijos curiosos, beijos amigáveis, beijos proibidos, beijos aos cachos, beijos sonoros, beijos ardentes, beijos aos saltinhos. Recuperar o fôlego. Beijos. Beijos controladores, beijos alados, beijos pacientes, beijos artísticos, beijos fingidos, beijos teóricos, beijos arrebatadores. Recuperar o fôlego. Beijos. Beijos todo-o-terreno, beijos indomáveis… Beijos. Beijinhos. Beijocas. Beijos em bicos de pés.
此前,为争抢业务,中国电信企业纷纷推出与2008年北京奥运会相关的技术服务。(资料图片) 5月7日,记者从接近中国电信高层人士获悉,电信重组方案或将于5月17日,也就是第二个世界电信日公布。 “已经基本确定了在本月中下旬公布,但仍然存在变数

Às vezes falo e parece que não me entendem. Frustrante, não é?

07/05/08

"Creio que foi o sorriso,
sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso."

Eugénio de Andrade

E depois venham cá dizer-me que a beleza das palavras simples não é ainda mais bela...

06/05/08

Hoje sinto-me capaz de fazer concorrência a este bicho. No que toca à lentidão dos movimentos, claro. Jeito para estar pendurada nos galhos tenho pouco.

05/05/08

Aconteceu em plena sapataria, com o empregado especado a mirar-me os pés e os outros dois a moerem-me o juízo. Um comodamente sentado no meu ombro esquerdo, como sempre o exemplo do bom comportamento, o outro pendurado na orelha direita, a balançar de um lado para o outro, como sempre o bom exemplo do mau comportamento. No chão, três caixas semi-abertas, cada uma com um par de sandálias. Pedi o mesmo modelo em amarelo, laranja e violeta. A etiqueta marcava um preço escandaloso, tão escandaloso quanto as sandálias, que, garanto-vos, são escandalosamente giras. O que estava pendurado na orelha chamava-me a atenção para a cor, o outro para o preço. Tentei ignorá-los. "Acho que vai ser o amarelo", pensei. Mas era verdade que o preço continuava a inibir-me. E o empregado continuava a mirar-me os pés e a dizer as barbaridades que era preciso dizer só para me convencer. O que estava sentado no ombro direito, rodopiava a auréola no indicador ao mesmo tempo que me segredava “são excessivamente caras. Quando saíres da porta já te arrependeste”. O outro puxava-me o cabelo e repetia “leva as violeta, leva as violeta, ficam-te melhor e quando voltares já não vais encontrar o teu número.”. E o empregado a insistir “mas ficam-lhe tão bem, leve!”. Saí da sapataria sem sandálias e com os outros dois a provocarem-se. O da auréola cantou vitória, mas o outro sabe que o mais provável é voltar comigo ao local do pecado. Será que ainda encontro o meu número?

30/04/08

O senhor professor, ups, I-blog-your-pardon, o Carlos Lopes desafiou-me e, como se não bastasse, ainda impõe prazos (tss, tss). Antes que ele se arme da régua, o melhor é responder já.

Um disco: Antony And The Johnsons. I Am A Bird Now. Porque o Antony é “A” voz e não me canso nunca de ouvi-lo.

Um livro: O velho e o Mar, de Ernest Hemingway. Porque foi o livro que deu uma vitória à minha mãe: “Foste apanhada! Vês? Também choras a ler livros!”. Tive de dar o braço a torcer, o que nem sempre é fácil para mim. Chamem-me lamechas, vá...

Um filme: O fabuloso destino de Amélie Poulin. Foi o primeiro que me ocorreu, é um filme entre tantos. É um bom filme.

E vou quebrar a corrente, para não dizer as regras, e não vou passar o desafio. Pronto.

29/04/08

Peguei no comando, emudeci a televisão, pus o ouvido à escuta. Parecia-me ter ouvido um ruído lá fora. Será ela? Apaguei a luz. A porta abriu-se devagarinho e pressenti-a entrar em bicos-de-pés (isto é genético). Hmm, esperas poder escapolir-te para o quarto sem dar explicações, pensei. Quando lhe vi a sombra, clic, acendi a luz. Encarou-me com uma expressão de espanto, olhos a piscar na claridade, mas logo se recompôs. Onde andaste?, perguntei (perguntei num tom autoritário, admito). Precisava de espaço, disse ela com má cara (num tom ainda mais autoritário que o meu tom autoritário). Antes sequer de me dar tempo para responder, acrescentou: estou cansada, amanhã logo falamos sobre o assunto. Amanhã ou outro dia qualquer. A minha inspiração voltou, mas estamos amuadas uma com a outra.

28/04/08

Parvar

É coisa para fazer na primeira pessoa do plural. Falta-me a companhia certa.
Hoje, a ponta do meu nariz pendurada ali no canto superior direito deste post, permitia-me escrever um conto erótico. Erótico, pornográfico ou extremamente violento. Enfim, alguma coisa que exija a bolinha vermelha.

24/04/08

Palpita-me que vai fazer sol no fim-de-semana.
Palpita-me que vou à praia dar um mergulho.
Palpita-me que vou comer um belo peixe grelhado num restaurante à beira-mar.
Palpita-me que vou pôr a leitura em dia durante estes próximos dias.
Palpita-me também que vou dormir, dormir, dormir.
Palpita-me que vou apanhar um trânsito do caraças para voltar para casa no domingo.
Enfim, estou cheia de palpitações, mas não é por isso que deixo de desejar um bom fim-de-semana, daqueles que valem por três (dias).
Há uns dias ouvi uma história curiosa nas notícias. Um inglês, desesperado por encontrar alguém disposto a ser “companheiro de copos” do pai, pôs um anúncio no jornal em busca de candidatos. Uma vez que o senhor (o filho) estava disposto a pagar sete libras à hora, mais despesas (imagino que se estivesse a referir aos “baldes” de cerveja), as respostas não se fizeram esperar. Hoje, casualmente, tropecei na notícia que conta o desfecho da história. Parece que o avôzinho (na foto) já arranjou companhia e vive agora mais feliz. Assim sendo, um brinde!

23/04/08

Alerta

Desapareceu já faz mais de 24 horas. Se alguém vir a minha inspiração por aí, que diga qualquer coisa. Escusado será dizer, dão-se alvíssaras.

21/04/08

Uma dúzia de palavras frescas, pontuação qb, uma pitada de ironia, duas colheres de sentido crítico e uma mão cheia de nonsense. Descasque as palavras e retire-lhes o caroço. Vá acrescentando a pontuação, pouco a pouco. Envolva bem. Acrescente a ironia e deixe repousar uns minutos. À parte, junte o sentido crítico e o nonsense, bata até conseguir uma mistura homogénea e adicione ao preparado anterior. Sirva quente ou frio, conforme desejar.

Há palavras que são para comer como a mais gulosa das sobremesas. Schlep. Lambo-me enquanto penso que hoje decididamente não é um bom dia para me pôr em cima da balança.

18/04/08

A colega da frente olha-me de forma estranha quando me ouve praguejar contra o computador. Já eu acho estranho que as únicas palavras que lhe ouço sejam bom dia e até amanhã, ditas como se estivesse a praguejar.
Uma espécie de pedras caem do céu às 10:45.

17/04/08

Já está aprovada a nova lei do divórcio e parece que se tornou mais fácil (ou não) desfazer o nó. Agora só falta alguém lembrar-se de promover por cá um “passatempo” como este. Os participantes só precisam de dizer em cem palavras as razões pelas quais querem divorciar-se. O mais convincente tem as despesas legais pagas e ainda ganha uma festa comemorativa, com um bolo de três andares e miúdas à mistura. Isto para não falar na PS3 e no plasma… Hilariante!

16/04/08

O meu cão dá a pata quando lhe peço "dá a pata", senta-se quando lhe ordeno "senta", desata a correr atrás do gato quando lhe digo "olha o gato". Treiná-lo para fazer isto (em meu nome) é o próximo passo. Tenho até 26 de Maio. Pouco tempo, mas eu sou paciente e ele muito esperto.

15/04/08

Sinto-me efervescente. Um banho de imersão é o suficiente para acabar comigo.

14/04/08

˙ɐpnɾɐ ɐ ɐɔıɟ ınbɐ 'ouıd o ɹǝzɐɟ ɯǝqɐs oãu ǝnb sǝlǝnbɐ ɐɹɐd

˙nǝ ǝnb op ɹoıd ɐpuıɐ ɐɾǝs ɯǝnb áɥ sɐɯ ˙ǝɔǝʇuoɔɐ ǝnb oʇsı ǝɹdɯǝs ǝsɐnb é oãɯ ɐu ɐdɐɯ ɯn oɥuǝʇ opuɐnb ǝnb oʇıɯpɐ 'oãçɐʇuǝıɹo ǝp opıʇuǝs oɯısséd nǝɯ o oʇıɯpɐ

09/04/08



















Na Venezuela, considera-se que Baywatch é mais instrutivo para crianças e adolescentes do que The Simpsons (ou isso ou o senhor Hugo Chávez tem uma fixação por gajas de mamas grandes).

P.S. E a Marge não fica tão sexy de biquíni?

08/04/08

Uma: Estás a ver aquela que ali vem?
A outra: É minha, é minha!
Uma: Não, eu vi primeiro!
A outra: Mas tu tens fraca pontaria. Vais ficar estatelada no chão.
Uma: E tu dás demasiado nas vistas. Fazes piruetas e gritas durante o salto. Ela vai topar-te à distância.
A outra: Vamos fazer um trato!
Uma: Um trato? Não sei se confie em ti...
A outra: Damos as mãos e saltamos juntas.
Uma: Feito! Contas tu?
A outra: Conto eu. Dá cá a mão. 1, 2, 3... Agora.

E muito provavelmente foi isto que antecedeu à queda de uma gota gigante em cima da minha cabeça.

07/04/08

Ando com estes rapazes no ouvido (o pescoço está a salvo, espero eu) e li aqui que vêm cá. É nestas alturas que fico com pena de não viver no Norte...

04/04/08

Gosto de entrar numa gelataria e dar de caras com uma montra infindável de sabores diferentes. Morango, doce de leite, manga, chocolate, baunilha, doce de leite, nata, chocolate, menta, doce de leite, limão, chocolate… Por esta altura já devem ter percebido quais são os sabores que acabam em cima do cone (não gosto de copos, gosto de cones para me deliciar com aquele crrac crrrac da bolacha). Ou seja, apesar da infindável montra que se me oferece, acabo por cair sempre nas mesmas tentações. E isto para dizer que me acontece exactamente o mesmo em relação aos blogues. Nos últimos dias, já me cruzei por aí com vários textos sobre a utilização que se lhes dá. Uns dizem que muito se escreve e muito pouco se diz, outros dizem que nada se escreve e muito se diz, uns criticam os erros, outros a ausência deles. Acabo por chegar à conclusão de que faço aqui o mesmo que faço quando entro na gelataria. Gosto de ter sabores por onde escolher, mas acabo por preferir sempre os mesmos. Neste caso, o chocolate pode ser o equivalente àquilo que eu considero “sentido de humor inteligente” e o doce de leite pode ser o equivalente àquilo que eu considero “parvoíce desmedida”. Por vezes, quando me sinto especialmente gulosa, lá peço um “topping” para o meu gelado (é topping que se diz?), um chantilly ou um caramelo derretido, que pode ser o equivalente a tudo o resto que leio e que pode ser muito, mas mesmo muito variável. Depende dos meus apetites. E agora que já vos comparei ao chocolate e ao doce de leite e ao chantilly e ao caramelo derretido, retiro-me. Tenham um bom fim-de-semana e façam o que vos der na telha, que eu vou fazer o mesmo.