Peguei no comando, emudeci a televisão, pus o ouvido à escuta. Parecia-me ter ouvido um ruído lá fora. Será ela? Apaguei a luz. A porta abriu-se devagarinho e pressenti-a entrar em bicos-de-pés (isto é genético). Hmm, esperas poder escapolir-te para o quarto sem dar explicações, pensei. Quando lhe vi a sombra, clic, acendi a luz. Encarou-me com uma expressão de espanto, olhos a piscar na claridade, mas logo se recompôs. Onde andaste?, perguntei (perguntei num tom autoritário, admito). Precisava de espaço, disse ela com má cara (num tom ainda mais autoritário que o meu tom autoritário). Antes sequer de me dar tempo para responder, acrescentou: estou cansada, amanhã logo falamos sobre o assunto. Amanhã ou outro dia qualquer. A minha inspiração voltou, mas estamos amuadas uma com a outra.
29/04/08
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9 comentários:
resolvam lá isso
sem porrada, de preferência...
Aguarda que as noites amornem, a vontade espreite e um dia destes, sais também.
Cumprimentos
Nada que uma noite bem dormida não resolva.
Resolve as coisa à antiga: dá-lhe um atesto de porrada e, no final, diz-lhe que a amas muito!
hehehehe
Então, dor de cotovelo?!
(olha, parece que os Vampire Weekend vão ao Oeiras Alive!)
Ai, eu não me meto nesses assuntos! Acaba sempre por sobrar para mim.
Carimbo Azul
Que substância consumiste?
Que forma subtil de regressar à tua companhia... E já se sabem os motivos da fuga?
...fikam tão castiças assim amuadazinhas...
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